A vaginose bacteriana é uma condição ginecológica comum que afeta mulheres em idade fértil, caracterizada pela alteração do equilíbrio das bactérias presentes na flora vaginal. Normalmente, a vagina abriga uma variedade de bactérias benéficas e neutras, sendo as lactobacilos as predominantes. No entanto, na vaginose bacteriana, há uma proliferação excessiva de bactérias patogênicas, que leva a um desequilíbrio no ambiente vaginal.


Quem é a médica que trata Vaginose Bacteriana?
A ginecologista é a médica especialista em diagnosticar, acompanhar e tratar a Vaginose Bacteriana
A Dra Monique Valois é especialista em saúde feminina – ginecologista e mastologista em São Paulo, realizou sua residência médica em ginecologia e obstetrícia e especialização em mastologia no Hospital Pérola Byington, Centro de Referência à Saúde da Mulher no estado de São Paulo.
Se você deseja ter a sua saúde acompanhada por uma profissional qualificada, atualizada e comprometida com o seu bem-estar, continue lendo para conhecer melhor a dra Monique.
Depoimentos reais de pacientes que já consultaram com a dra Monique:


Causas da Vaginose Bacteriana
A principal causa da vaginose bacteriana é o desequilíbrio da flora vaginal. Algumas bactérias habitam naturalmente a flora vaginal, no entanto, quando há um desequilíbrio entre o sistema imunológico e essas bactérias, há o surgimento de corrimento característico da vaginose bacteriana. Fatores que podem contribuir para esse desequilíbrio incluem:
- Alterações hormonais: Mudanças hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, menopausa ou com o uso de contraceptivos hormonais, podem alterar a composição da flora vaginal.
- Atividade sexual: A prática sexual frequente ou a mudança de parceiros pode aumentar o risco de vaginose bacteriana, embora a condição não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível.
- Higiene inadequada: O uso excessivo de duchas vaginais, sabonetes agressivos ou produtos de higiene íntima que alteram o pH vaginal podem favorecer o crescimento bacteriano indesejado.
- Sistema imunológico enfraquecido: Mulheres com sistemas imunológicos comprometidos, como aquelas que vivem com HIV, têm um risco aumentado de desenvolver vaginose.
- Uso de antibióticos: O uso indiscriminado ou prolongado de antibióticos pode alterar a flora vaginal e permitir que as bactérias patogênicas cresçam de forma descontrolada.
Sintomas da Vaginose Bacteriana
Embora muitas mulheres com vaginose bacteriana não apresentem sintomas, os sinais mais comuns incluem:
- Secreção vaginal anormal: A secreção pode ser fina, branca ou cinza, e pode ter um odor forte, muitas vezes descrito como “peixe podre”. Esse odor tende a se intensificar após a relação sexual.
- Ardência ou coceira vaginal: Algumas mulheres podem sentir desconforto, ardor ou coceira na região vaginal.
- Dor durante a relação sexual: Embora não seja comum, a vaginose bacteriana pode causar dor durante o ato sexual.
Diagnóstico de Vaginose Bacteriana
O diagnóstico da vaginose bacteriana é feito principalmente através da história clínica durante a consulta e por meio do exame físico. Alguns casos, também pode ser realizado diagnóstico através de algumas alterações microscópicas, mas não é o mais comum.
O critério de diagnóstico mais utilizado é o critério de Amsel, que considera a presença de, pelo menos, três dos seguintes sinais:
- Secreção vaginal anormal.
- pH vaginal superior a 4,5.
- Teste de aminas positivo (odor de peixe ao misturar a secreção com uma solução alcalina).
- Presença de células “clue cells” (células epiteliais vaginais cobertas por bactérias) no exame microscópico.
Tratamento da Vaginose Bacteriana
O tratamento da vaginose bacteriana geralmente é feito com antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou tópica. Os medicamentos mais comuns incluem:
- Metronidazol (oral ou gel vaginal)
- Clindamicina (creme vaginal ou oral)
É fundamental que o tratamento seja seguido corretamente, conforme a prescrição médica, para evitar recidivas. O tratamento geralmente tem uma duração de 5 a 7 dias, mas pode variar dependendo da gravidade da condição.
Prevenção da Vaginose Bacteriana
Embora a vaginose bacteriana não seja considerada uma doença sexualmente transmissível, existem algumas medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco de desenvolvimento da condição:
- Evitar duchas vaginais: As duchas podem alterar o equilíbrio do pH vaginal e eliminar as bactérias protetoras da flora vaginal.
- Usar roupas íntimas de algodão: O uso de roupas íntimas de algodão ajuda a manter a região genital arejada e seca, prevenindo o crescimento excessivo de bactérias.
- Manter a higiene adequada: A higiene íntima deve ser feita com sabonetes neutros, evitando produtos com fragrâncias fortes ou que possam irritar a região vaginal.
- Evitar o uso excessivo de antibióticos: O uso indiscriminado de antibióticos pode afetar a flora vaginal e favorecer o aparecimento da vaginose bacteriana.
- Uso de preservativos: Embora a vaginose bacteriana não seja uma infecção sexualmente transmissível, o uso de preservativos pode ajudar a reduzir o risco de desequilíbrios na flora vaginal.
Recorrência da Vaginose Bacteriana
É importante saber que a vaginose bacteriana pode ser recorrente, ou seja, pode voltar mesmo após o tratamento. Mulheres que já tiveram a condição têm maior risco de desenvolvê-la novamente. Nesse caso, o médico pode recomendar um tratamento preventivo, com o uso de antibióticos por mais tempo ou outras abordagens, dependendo do quadro clínico.
Impactos na Saúde Reprodutiva
Embora a vaginose bacteriana seja uma condição tratável, se não tratada adequadamente, ela pode ter implicações para a saúde reprodutiva. Em mulheres grávidas, a vaginose pode estar associada a complicações como parto prematuro e baixo peso ao nascimento. Além disso, pode aumentar o risco de infecções pós-cirúrgicas em procedimentos ginecológicos e aumentar a suscetibilidade a infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV.
Vacina Imunovitta para Vaginoce Bacteriana
A vacina Immunovitta é um avanço importante no tratamento e prevenção da vaginose bacteriana. Ela foi desenvolvida com o objetivo de estimular o sistema imunológico para prevenir a recorrência dessa condição, que pode ser desafiadora para muitas mulheres, especialmente para aquelas que apresentam episódios repetidos de vaginose bacteriana.
O que é a vacina Immunovitta?
A Immunovitta é uma vacina terapêutica que contém componentes de bactérias que causam a vaginose bacteriana, com o objetivo de estimular a produção de anticorpos específicos para essas bactérias. Esses anticorpos podem ajudar a equilibrar a flora vaginal e prevenir o crescimento excessivo de patógenos, como Gardnerella vaginalis e outras bactérias associadas à condição.
Como a vacina funciona?
A vacina tem como objetivo fortalecer o sistema imunológico da mulher, ajudando a combater o desequilíbrio bacteriano na flora vaginal. Ao estimular o corpo a produzir anticorpos contra as bactérias que causam a vaginose, a Immunovitta pode reduzir a proliferação dessas bactérias e diminuir as chances de novos episódios de vaginose bacteriana.
Benefícios da vacina Immunovitta
- Prevenção de recidivas: Para mulheres que sofrem de vaginose bacteriana recorrente, a vacina pode reduzir significativamente o risco de novos episódios, proporcionando um alívio mais duradouro.
- Tratamento adjunto: Embora a vacina não substitua o tratamento com antibióticos, ela pode ser usada em conjunto com esses tratamentos para melhorar a resposta imunológica e evitar recaídas.
- Abordagem inovadora: A vacina representa uma abordagem preventiva mais direta, focando na imunização específica contra as bactérias causadoras da vaginose, ao invés de apenas tratar os sintomas.
A vaginose bacteriana é uma condição comum e tratável, mas que requer atenção e cuidados para evitar complicações. Ao perceber sinais e sintomas sugestivos da condição, é essencial procurar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados. A manutenção de hábitos de higiene saudável, acompanhamento regular e a prevenção de fatores de risco são medidas importantes para garantir a saúde vaginal a longo prazo.
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