Você já notou alguma secreção na sua região íntima e ficou em dúvida se era algo normal ou um corrimento que precisava de tratamento? Muitas mulheres têm essa dúvida e, neste artigo, vamos explicar como diferenciar entre a secreção vaginal fisiológica (normal) e o corrimento que pode indicar uma infecção ou outro problema que exige atenção médica.

Quem é a médica especialista em secreção vaginal?

A ginecologista é a médica que, muito além de tratar as doenças relacionadas ao sistema reprodutor feminino, acompanha a mulher ao longo de toda a sua vida e a quem as mulheres confiam o importante papel de zelar pelo seu templo que é o seu corpo!

A Dra Monique Valois é especialista em saúde feminina – ginecologista e mastologista em São Paulo, realizou sua residência médica em ginecologia e obstetrícia e especialização em mastologia no Hospital Pérola Byington, Centro de Referência à Saúde da Mulher no estado de São Paulo. 

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Depoimentos reais de pacientes que já consultaram com a dra Monique:

O que é a secreção vaginal?

A secreção vaginal é um fluido natural que o corpo da mulher produz como parte de seu ciclo menstrual e saúde íntima. Ela é uma forma da vagina se manter lubrificada, protegida e limpa. Em sua forma normal, a secreção é clara ou esbranquiçada, sem odor forte, e não vem acompanhada de sintomas como coceira, dor ou irritação. É, na verdade, um sinal de que a vagina está funcionando adequadamente.

Quando a secreção vaginal é normal?

Ao longo do mês, a secreção vaginal pode variar em quantidade e consistência, especialmente em diferentes fases do ciclo menstrual. Isso é perfeitamente normal. Veja como ela costuma se apresentar nas fases mais comuns do ciclo:

  • Fase Pós-Menstrual: Logo após a menstruação, é comum haver pouca secreção ou até ausência dela.
  • Período Pré-Ovulatório: Nesse período, a secreção tende a ficar mais abundante, sendo clara, transparente e com uma textura semelhante à clara de ovo.
  • Após a Ovulação: Após a ovulação, a secreção pode se tornar mais espessa e esbranquiçada. Isso é esperado, pois os níveis de progesterona aumentam e o corpo se prepara para uma possível gravidez.
  • Pré-Menstrual: Nos dias que antecedem a menstruação, a secreção pode variar, mas tende a ser menos abundante e pode ter uma aparência mais densa.

A secreção vaginal também desempenha um papel importante durante a relação sexual, atuando como lubrificante natural. Ela ajuda a manter a região íntima hidratada e protegida, o que é essencial para o bem-estar genital.

Protetores Diários: Uma solução ou um problema?

Muitas mulheres recorrem ao uso de protetores diários para tentar manter a sensação de “secura” ao longo do dia, mas essa prática pode, na verdade, ser muito ruim pra a saúde íntima. Protetores diários impedem a ventilação adequada da região íntima, criando um ambiente quente e úmido que favorece o crescimento de microrganismos indesejados. Em vez disso, uma recomendação mais saudável é trocar de calcinha ao longo do dia, caso a quantidade de secreção seja grande, mantendo a região mais ventilada e protegida.

mulher com secreção vaginal

Quando a secreção pode indicar um problema?

Embora a secreção vaginal seja geralmente normal, é importante estar atenta a certos sinais que podem indicar que algo não está certo. Algumas alterações podem ser indicativas de infecções ou outras condições que exigem tratamento médico. Os sinais de alerta incluem:

  • Coloração Amarelada ou Esverdeada: Se a secreção vaginal estiver com essas tonalidades, isso pode indicar uma infecção.
  • Consistência Diferente: Se a secreção for mais espessa, com grumos, semelhante a “coalhada”, pode ser um sinal de infecção.
  • Odor Forte ou Desagradável: Cheiros fortes ou de peixe podem ser um sintoma de infecções bacterianas.
  • Coceira ou Ardência: Coceira na região vaginal ou vulvar associada à secreção pode indicar uma infecção fúngica ou bacteriana.
  • Dor Pélvica ou Desconforto ao Urinar: Sintomas como esses, associados à secreção anormal, podem ser sinais de infecção grave.
  • Febre: Febre em conjunto com secreção anormal é sempre um sinal de que algo mais sério pode estar ocorrendo.

Quais são as principais causas de corrimento que precisam de tratamento?

Se a secreção vaginal apresentar alguma das características anormais descritas acima, pode ser um sinal de uma condição que exige tratamento. Algumas das causas mais comuns de corrimento anormal incluem:

1. Candidíase

A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida, que normalmente está presente na flora vaginal, mas que pode crescer de forma excessiva e causar infecção. Ela gera um corrimento espesso, esbranquiçado, com aspecto de “leite coalhado”, além de coceira intensa e vermelhidão na região íntima.

2. Vaginose Bacteriana

A vaginose bacteriana ocorre quando há um desequilíbrio nas bactérias da flora vaginal, geralmente com a diminuição dos lactobacilos (bactérias benéficas) e aumento de outras bactérias. O corrimento tende a ser acinzentado ou amarelado, com um odor forte, muitas vezes descrito como “cheiro de peixe”. É importante tratar a vaginose, pois pode aumentar o risco de infecções mais graves e complicações na saúde reprodutiva.

3. Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um parasita. Ela costuma causar corrimento abundante, purulento, de cor amarelada ou esverdeada, com odor desagradável. A infecção pode também gerar desconforto ao urinar e dor durante a relação sexual.

Toda secreção precisa de tratamento?

Não, nem toda secreção vaginal precisa de tratamento. A secreção fisiológica, ou seja, aquela que é parte natural do ciclo menstrual e da saúde vaginal, não precisa de qualquer intervenção. Apenas as secreções que são causadas por infecções ou desequilíbrios, como as mencionadas acima, requerem tratamento médico.

Dicas de Higiene Íntima para Prevenir o Corrimento Anormal

Alguns hábitos de higiene podem ajudar a manter a saúde da sua região íntima e a evitar o aparecimento de corrimentos patológicos. Aqui estão algumas recomendações:

  • Evite o uso constante de roupas apertadas e tecidos sintéticos, como lycra. Prefira calcinhas de algodão, que permitem a ventilação da região íntima.
  • Lave suas calcinhas com sabão neutro e evite amaciantes e produtos que possam irritar a pele.
  • Evite o uso prolongado de protetores diários e absorventes, que podem abafar a região.
  • Não faça duchas vaginais, pois elas podem alterar a flora vaginal saudável. A vagina é autolimpante e não necessita de lavagens internas.

A secreção vaginal é uma parte normal e saudável do corpo da mulher, mas é importante saber diferenciar entre a secreção fisiológica e o corrimento anormal que pode indicar uma infecção. Ao perceber mudanças no aspecto da secreção, como cor, cheiro ou sintomas associados, consulte seu médico para uma avaliação adequada. Manter uma boa higiene íntima e estar atenta aos sinais de alerta são passos importantes para preservar a sua saúde íntima.

Se você está sofrendo com corrimento, entre em contato que nós podemos te ajudar!

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